Os problemas no ombro estão entre os mais frequentes no aparelho musculoesquelético, juntamente com queixas nas regiões lombar e cervical. A lesão do manguito rotador pode levar à perda da função do ombro em diferentes graus. Sendo assim, incluem-se nessa lista tendinites, rupturas parciais e totais dos tendões do manguito.
O que é o manguito rotador?
O manguito rotador é um grupo de quatro unidades músculo-tendão que envolvem a parte anterior, superior e posterior da articulação do ombro. Portanto, sua função é estabilizar o úmero (maior osso da parte superior do corpo e que liga o ombro ao cotovelo) e equilibrar os movimentos do ombro.
Os tipos de lesão
Existem diversos graus de lesões do manguito rotador. Sendo assim, consideram-se as inflamações ou tendinites como lesões menores. Já a ruptura parcial das fibras dos tendões ou a ruptura completa do tendão, que faz com que o músculo se retraia afastando-se do osso, são consideradas lesões mais graves.
A lesão do manguito rotador divide-se em três fases:
1° fase: Edema, inflamação e hemorragia;
2° fase: Fibrose e tendinite, com ou sem lesões parciais;
3° fase: Ruptura completa do tendão, associada a alterações ósseas.
Sintomas da lesão do manguito rotador
Os sintomas da lesão do manguito rotador dependem da fase em que se encontra a rotura. Desse modo, em geral, os pacientes apresentam dor e diminuição da força durante a elevação do braço. Além disso, muitos podem acordar à noite com dor no ombro e também podem sentir desconforto ao realizarem certos movimentos, como tirar a carteira do bolso da calça.
Nas fases 1 e 2, é possível ocorrer dor no ombro e na face lateral do braço, relacionada a movimentos repetidos de elevação. Mas, em alguns casos, há limitação de mobilidade e crepitação.
Quanto à fase 3, além da dor, que é mais forte e frequente no período noturno, podem ocorrer graus variáveis de perda de força e do movimento de elevação, abdução e rotações, dependendo do local e tamanho da ruptura.
Diagnóstico da lesão do manguito rotador
A avaliação clínica do paciente e o detalhamento dos sintomas são essenciais para a localização da dor. Aliás, também leva-se em conta a avaliação de aspectos como frequência, intensidade e as possíveis causas da lesão.
Exames de Raio-X simples e ecografia são importantes na confirmação do diagnóstico e determinam a gravidade da lesão. Entretanto, alguns casos também podem exigir uma avaliação por ressonância magnética.
Além disso, vale lembrar que a avaliação deve ser feita por um médico membro da SBOT, como eu, Dr. Augusto Heinen, especialista em ombro e cotovelo, que atendo na Clínica Conex em Ijuí-RS.
Tratamento
A partir do diagnóstico da lesão, nas fases iniciais recomenda-se um tratamento clínico com analgésicos e anti-inflamatórios para atenuar os sintomas de dor. Ademais, outra indicação importante é o repouso. Portanto, deve-se evitar atividades e movimentos que provoquem dor. Fisioterapia, reforço muscular e eventuais infiltrações podem ser recomendadas de acordo com a avaliação do especialista.
Nos casos em que o tratamento clínico não tem efeito prolongado, pode-se dar início ao tratamento cirúrgico, baseado na causa da doença.
Assim, as possibilidades cirúrgicas incluem:
- Acromioplastia;
- Retirada de osteófitos acromioclaviculares;
- Sutura do manguito;
- Desbridamento da lesão e bursectomia;
- Tratamento de lesões do biceps.
A cirurgia pode ser aberta ou artroscópica. Aliás, com o desenvolvimento das técnicas de artroscopia nos últimos anos, cada vez mais os médicos tratam a lesão do manguito rotador dessa forma.
E eu, Dr. Augusto Heinen, especialista em ombro e cotovelo, realizo essa cirurgia na Clínica Conex em Ijuí-RS. Entre em contato!