Capsulite Adesiva

Também conhecida como “ombro congelado”, a capsulite adesiva é uma doença de origem inflamatória que acomete a capsula articular do ombro, ocasionando importante limitação de movimento e dor. De origem ainda desconhecida, sabe-se que ela é muito mais frequente nas mulheres entre 40-50 anos, pacientes com doenças hormonais (diabetes e doenças da tireoide), pós operatórios de cirurgias abdominais e torácicas, secundária a lesões no próprio ombro ou até mesmo em pacientes sem nenhuma doença.

O quadro clínico principal é a dor (posterior ou anterior) no ombro evoluindo com limitação de amplitude de movimento. Apresenta 3 fases de evolução com características bem diferentes: fase inflamatória, rigidez/congelamento e descongelamento. Na fase inflamatória, a dor inicia leve e progressivamente aumenta de intensidade tornando-se forte e muitas vezes extremamente limitante. Em seguida, ocorre o congelamento do ombro com perda progressiva de mobilidade da articulação, ocasionando limitações para as atividades diárias mais simples como prender o sutiã, escovar o cabelo ou colocar o cinto do carro. Por último, na fase de descongelamento, os sintomas regridem progressivamente com remissão de 95% dos sintomas.

Por ser muito confundida com tendinites ou bursites, seu diagnóstico geralmente é tardio. Para tanto, é de extrema importância um exame físico e história clínica adequada com avaliação detalhada dos seus fatores de risco para um diagnóstico precoce e tratamento adequado. Exames complementares eventualmente são necessários para afastar outras causas de rigidez.

seta vermelha demonstrando espessamento capsular no recesso axialar

Tratando-se de uma doença auto-limitada, o tratamento é baseado nos sintomas. Dentre as opções de tratamento para fase dolorosa, estão os anti-inflamatórios não hormonais, analgésicos, moduladores da dor, infiltrações intra-articulares e bloqueios de nervo supraescapular. A fisioterapia tem papel importante no tratamento, visando principalmente analgesia e ganho de movimento gradual através de exercícios suaves. A cirurgia é raramente indicada e, quando necessária (pacientes refratários ao tratamento conservador), feita através de liberação por videoartroscopia.

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