A artroplastia reversa, também conhecida como prótese reversa, é um grande avanço para a cirurgia do ombro, pois permite tratar doenças que anteriormente não tinham um tratamento adequado.
Para entender melhor sobre esse assunto, continue a leitura deste texto. Pois eu, Dr. Augusto Heinen – especialista em ombro e cotovelo -, irei explicar tudo sobre a prótese reversa. Mas, caso você ainda fique com alguma dúvida, entre em contato comigo na Clínica Conex em Ijuí – RS.
O que é a prótese reversa?
As próteses anatômicas reproduzem a anatomia natural do ombro (cabeça umeral esférica e cavidade glenoidal côncava). Por isso, assim como o ombro normal, elas dependem da integridade do manguito rotador para seu funcionamento.
No entanto, a prótese reversa inverte esta relação. Ou seja, a superfície côncava passa a ser a do úmero, e a esférica passa a ser a glenoidal. Dessa forma, temos uma glenosfera que se articula com a concavidade umeral. Isso, então, promove as seguintes modificações biomecânicas na articulação do ombro:
- Medialização do centro de rotação da articulação do ombro;
- Translação inferior do úmero, com aumento da tensão do músculo deltoide;
- Recrutamento de maior quantidade de fibras do deltoide, assim como o aumento do braço de alavanca desse músculo.
Essas mudanças fazem com que o paciente consiga levantar o braço, sem depender da integridade do manguito rotador. Por isso, a principal indicação para utilização da prótese reversa é a artropatia do manguito rotador, pois essa é uma condição degenerativa da articulação causada por rotura grande e crônica dos tendões do manguito rotador. Nesse caso, o paciente perde a capacidade de levantar o braço e sente dor no ombro.
Como é feita a colocação da prótese reversa?
A técnica cirúrgica que faz a colocação da prótese reversa se assemelha àquela utilizada na artroplastia total anatômica. No entanto, há diferenças nos instrumentos utilizados e nas referências anatômicas usadas durante a cirurgia.
Como é a recuperação da cirurgia?
O paciente recebe alta hospitalar um ou dois dias depois da cirurgia e permanece com a tipoia por 6 semanas. Todavia, deve-se retirar a tipoia desde o primeiro dia de pós-operatório para a realização de exercícios de mobilização do cotovelo, punho e mão.
Por volta de 14 dias após a cirurgia, são iniciados movimentos passivos do ombro, como elevação e rotação externa, não ultrapassando o limite de dor que o paciente consegue suportar.
Depois da retirada da tipoia, o paciente é encaminhado à reabilitação com o fisioterapeuta, pois é essencial que o cirurgião e o fisioterapeuta estejam alinhados em prol da recuperação do paciente.
A artroplastia reversa do ombro é um procedimento que restabelece a função articular do ombro em pacientes que previamente apresentavam-se sem opções terapêuticas.
Por isso, é muito importante que um médico especialista em ombro e cotovelo avalie toda dor ou desconforto no manguito rotador. Já que, assim, é possível que o melhor tratamento seja indicado.
Caso você precise de uma orientação, entre em contato comigo, Dr. Augusto Heinen – especialista em ombro e cotovelo – na Clínica Conex em Ijuí-RS.